domingo, 8 de abril de 2012

 http://www.youtube.com/watch?v=i3pck6zitLo

   


O amor liberta...

Devagar, bem devagar vou aprendendo a deixar o medo...
A abrir os olhos e o coração.
Devagar e às vezes rápido, cada vez mais percebo coisas que sempre estavam ali só que eu não via...
Cada dia, a cada momento, tenho mais certeza de que o amor é a chave....Só ele liberta.... O amor liberta...
Me preencho de amor e irradio ele à minha volta...
e pra onde eu olhe, e pra onde eu vá, sinto que a luz do amor sempre me guia e guiará...
Porque o amor liberta... O Amor liberta... Deixa o amor te libertar...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Educação como forma de libertar-se, segundo Paulo Freire


Existe diferença entre estar no mundo e com o mundo. Partindo desta afirmação Freire (2001) vê na educação uma forma de prática da liberdade. De acordo com o autor, o fato do indivíduo não apenas viver no mundo, mas sentir-se parte deste, faz com que ultrapasse a posição de agente passivo, podendo interferir no meio em que está inserido, e consequentemente modificá-lo.

A integração ao seu contexto, resultante de estar não apenas nele, mas com ele, e não a simples adaptação, acomodação ou ajustamento, comportamento próprio da esfera dos contatos, ou sintoma de sua desumanização, implica em que, tanto a visão de si mesmo, como a do mundo, não podem absolutizar-se, fazendo-o sentir-se um ser desgarrado e suspenso ou levando-o a julgar o seu mundo algo sobre que apenas se acha. (FREIRE, 2001, p. 50).


     Segundo Freire (2001) a Educação pode servir tanto para massificar e ajustar o indivíduo ao meio, resultando em um sujeito alienado, quanto para formar cidadãos críticos, do qual o autor acredita, considerando o contexto brasileiro, que contribua não somente para a diminuição dos índices de analfabetismo, mas como peça fundamental na democratização.
     Para tanto o papel da educação deve vir no sentido de libertar o indivíduo, mas isso só é possível quando é propiciado ao educando um conhecimento através das experiências de vida que ele já possui, vinculando assim a aprendizagem escolar a aprendizagem da vida, o que fará com que este se sinta parte do social e não mero expectador, desenvolvendo assim uma visão crítica de mundo, conscientizando-se da importância da sua participação, além de perceber-se como agente ativo na possível transformação da realidade que o cerca.

Estávamos convencidos, e ainda estamos, de que a contribuição a ser trazida pelo educador brasileiro à sociedade em “partejamento”, ao lado dos economistas, dos sociólogos como de todos os especialistas voltados para a melhoria dos seus padrões, haveria de ser uma educação crítica e criticizadora. (FREIRE, 2001 p. 93).

     Para Freire (2001) quanto menos crítico o sujeito é, mais ingenuamente ele trata os problemas e superficialmente discute os assuntos, consequentemente mais longe ele se encontra da busca de uma nova configuração sócio-cultural. Sendo assim, de acordo com esse autor, práticas educacionais que ditam ideias ao invés de trocar ideias, discursam aulas ao invés de debater, trabalham sobre o educando e não com ele, reforçam esta identidade de sujeito passivo, fazendo com que este se acomode e aprenda apenas a guardar informações ao invés de compreendê-las e formar sua própria opinião.
Comportamento este que se reflete socialmente, o qual hoje é possível visualizar nitidamente no panorama brasileiro, caracterizado pela violência, pelo descaso do governo com a própria educação, pela desestruturação emocional e o adoecimento do sujeito frente ao que lhe é imposto dentro de uma cultura de consumo desprovida de valores. Uma sociedade que assiste a tais cenas, é como se estivesse desvinculada de todo este contexto, sentindo-se um mero espectador, junto a um sentimento de incapacidade de promover qualquer tipo de mudança, neste repertório que se repete ano após ano.
Dentro desta perspectiva, percebe-se na Educação um caminho na busca de libertar o indivíduo, vinculando-o novamente ao contexto no qual está inserido através do encontro do conhecimento com a sua realidade. É a educação que pode proporcionar o desenvolvendo de um espírito crítico nas pessoas, que as façam perceber a sua própria força e a possibilidade de entrar em cena e fazer as mudanças que sejam necessárias. Dessa forma a educação colabora para a construção de uma sociedade mais justa e humana, na qual a democratização da cultura se faça presente, visto que dentro de uma democracia, assim como todos tem deveres, também possuem direitos, o que inclui o acesso a uma educação libertadora que só ocorrerá se o conhecimento estiver aliado aos valores humanos.

terça-feira, 13 de março de 2012

LIBERTE-SE

"Eu vou logo avisando e insistindo em um ponto: por favor, não aceite nada do que é dito aqui, pelo simples fato de ser dito. Esse seria um comportamento de submissão, de alguém que aceita as coisas devido apenas a autoridade de quem as diz. Seria horrívelMinha intenção, com essa conversa,é questionar, fazer a pergunta instigadora, provocar, para que cada um reflita, busque as razões de por que acha que as coisas são assim, e livre e conscientemente, assuma suas convicções, seus valores" (GUARECHI, 2005 pg. 11).

domingo, 4 de março de 2012

De tudo aquilo que não lhe faz bem...



Benditos os que conseguem se deixar em paz.
Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções
Que não se culpam por terem falhado...
Não se punem por não terem sido perfeitos
Apenas fazem o melhor que podem.

                                                      (Martha Medeiros)


E repito: Apenas fazem o melhor que podem...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Liberte-se: o essencial continua sendo invisível aos olhos





O atual modo de produção predominante é o capitalismo, e junto a este uma série de valores são implantados e internalizados sendo que na maior parte das vezes, de forma invisível aos nossos olhos, como o individualismo, que instiga a competição, o consumismo, que move este sistema, pois sem consumo não há produção, a valorização do externo, onde ignora-se a essência do ser humano e exalta-se o material, entre tantas outras questões que estão contribuindo para a destruição planetária e da própria humanidade em todos os sentidos da palavra.

Mas algo é interessante e merece ênfase, “o consumismo, que move o sistema, pois sem consumo não há produção”. Se olharmos o contexto e pensarmos em mudá-lo torna-se algo tão longe do alcance de nossas mãos que desanimamos e nos mantemos no mesmo local, o de espectadores de catástrofes ambientais, miséria, violência e descaso com o ser humano. No entanto se analisarmos com atenção o escrito perceberemos que quem move este sistema inundado de desigualdades são nossos próprios hábitos. Compramos sem ter a real necessidade de usufruir de determinado objeto, para manter a aparência ou buscar preencher um espaço vazio em nós mesmos, que nunca é preenchido, fazendo com que voltemos a comprar cada vez mais.

Posso afirmar com segurança que maior parte da população hoje, tornou-se escrava do consumo. E como quebrar estas correntes que nos aprisionam e extraviam nossa liberdade?

Considerando que não é necessário partir para o extremo como largar tudo, ir morar numa casinha de sapê em uma comunidade indígena para reaprender a viver, apesar de ser uma excelente ideia, mas um bom começo pode partir de uma reflexão frente  aos nossos próprios hábitos, visando buscar uma mudança interna, a partir de questionamentos como: Será que  é necessário continuar ocupando um espaço no  guarda roupa, com o que temos hoje e há tempo não utilizamos mais? E aquilo que ainda não possuímos e insiste em ocupar espaço na nossa mente, realmente precisamos obter?

Pensar, questionar-se e refletir é um tripé e uma forma eficaz para praticar o desapego. O que realmente tem valor para você? O que é importante em sua vida?

Não se deixe dominar pela série de propagandas e informações que a mídia hoje descarrega sobre nossas mentes, renove, transforme-se. E aos poucos você vai percebendo que existe coisas muito mais importantes que a série de objetos que você continua acumulando no espaço da sua casa que deveria ser apenas aconchegante, e para tal é necessário tão pouco.

Enfim desapegue-se de tudo aquilo que não é essencial, pois como escreveu Antonie de Saint-Exupéry, no livro O Pequeno Príncipe "O essencial é invisível aos olhos” e continua: “Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer".

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012





Acredito que cabe a cada um, buscar a melhor forma de contato consigo, “Afim de encontrar, a liberdade e a paz, que a alma precisa ter” (Natiruts). Pois o importante é que isso ocorra afinal olhar para fora não traz grandes mudanças, mas o olhar para dentro pode ser o início de uma grande evolução. “Não se conforme com este mundo, o transforme através da renovação de sua mente” (Rm 12)”. Evolução esta, que vá de encontro ao que realmente é verdadeiro, o amor por si e pelo outro. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Livres de pré-conceitos?




Após a leitura da página 98, do livro Compostela: Muito além do Caminho de Santiago de Mhanoel Mendes e Beto Colombo, destaco um trecho:

 “Num clima de gratidão, lembro eu, nestes dois últimos refúgios, fomos recebidos como verdadeiros seres humanos. Ninguém nos perguntou de onde éramos qual nosso extrato bancário ou se tínhamos bens” (Mhanoel Mendes – Além do Caminho de Santiago).

Diz Mhanoel Mendes: (...) como verdadeiros seres humanos. O que me faz refletir, o que é ser HUMANO? Estamos agindo desta forma?
A diferença entre o homem e todas as outras espécies vivas do planeta terra, esta no ato de pensar. Somos seres que possuímos raciocínio lógico, dotados de inteligência. Faço uma pausa em meu pensamento. Inteligência? Sim inteligência, no entanto muitas vezes esta é puramente racional, ou seja, desprovida de emoção.
Talvez isto explique porque normalmente venhamos a nos preocupar apenas com a aparência externa, e quando Mhanoel diz: “Ninguém nos perguntou de onde éramos, qual nosso extrato bancário ou se tínhamos bens”, causa-me o que Augusto Cury chama de “choque de lucidez”, ou a própria psicologia de insight que na linguagem popular é o famoso “cair a ficha”.
Percebo-me dentro deste ciclo, preso a uma cultura que valoriza muito mais o que você possui, do que a verdadeira essência de cada um de nós. Me faz lembrar que acredito que pelo fato de ter 21 anos, normalmente quando conheço uma nova pessoa antes mesmo de me perguntar o nome, vem o questionamento: Que curso você faz? Fazendo-me refletir novamente, desta vez, sobre a supervalorização do diploma, que exclui milhares de indivíduos que não conseguiram chegar ao meio universitário, quando como diz Eduardo Marinho foram boicotados nas redes publicas de ensino.
A palavra pré-conceito, na sua escrita, já é possível extrair seu significado: emitir um conceito anterior a experiência, seja sobre uma pessoa, lugar, imagem enfim...
Considerando a supervalorização dos bens materiais e da aparência física do indivíduo na nossa época que chamamos de Modernidade. Antes mesmo de conhecer profundamente uma pessoa já emitimos nossa visão a partir do que esta pessoa possui ou faz (se só estuda, se trabalha, onde trabalha) e por ai vai... e acreditamos ser o suficiente para nos aproximar ou afastarmos, ou pior ainda para nos sentirmos acima ou inferiores. Quanto equivoco!
Ninguém é perfeito tudo bem, diz na própria Bíblia: “Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra”. No entanto devemos usar deste argumento para nos colocarmos exatamente no lugar que devemos estar AO LADO de todo e qualquer SER vivo. Isso não é humildade, isso é igualdade, ser justo com você e com o outro. Repensar sobre nossas atitudes, pensamentos, intenções, olhar pra dentro de nós e por mais que doa, ao perceber o quanto temos errado, é algo necessário, não desista desta autocrítica, porque como coloca Beto Colombo: “Se você sabe que precisa mudar, mas não esta conseguindo, lembre-se de que ninguém chega a um resultado diferente fazendo as coisas do mesmo jeito”.