O atual modo de produção predominante é o
capitalismo, e junto a este uma série de valores são implantados e
internalizados sendo que na maior parte das vezes, de forma invisível aos
nossos olhos, como o individualismo, que instiga a competição, o consumismo,
que move este sistema, pois sem consumo não há produção, a valorização do
externo, onde ignora-se a essência do ser humano e exalta-se o material, entre
tantas outras questões que estão contribuindo para a destruição planetária e da
própria humanidade em todos os sentidos da palavra.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Liberte-se: o essencial continua sendo invisível aos olhos
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Acredito que cabe a cada um, buscar a
melhor forma de contato consigo, “Afim de encontrar, a liberdade e a paz,
que a alma precisa ter” (Natiruts). Pois
o importante é que isso ocorra afinal olhar para fora não traz grandes mudanças,
mas o olhar para dentro pode ser o início de uma grande evolução. “Não se
conforme com este mundo, o transforme através da renovação de sua mente” (Rm
12)”. Evolução esta, que vá de encontro ao que realmente é verdadeiro, o amor
por si e pelo outro.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Livres de pré-conceitos?
Após a leitura
da página 98, do livro Compostela:
Muito além do Caminho de Santiago de Mhanoel Mendes e Beto
Colombo, destaco um trecho:
“Num clima de gratidão, lembro
eu, nestes dois últimos refúgios, fomos recebidos como verdadeiros seres
humanos. Ninguém nos perguntou de onde éramos qual nosso extrato bancário ou se
tínhamos bens” (Mhanoel Mendes – Além do Caminho de Santiago).
Diz Mhanoel
Mendes: (...) como verdadeiros seres humanos. O que me faz
refletir, o que é ser HUMANO? Estamos agindo desta forma?
A diferença
entre o homem e todas as outras espécies vivas do planeta terra, esta no ato de
pensar. Somos seres que possuímos raciocínio lógico, dotados de inteligência.
Faço uma pausa em meu pensamento. Inteligência? Sim inteligência, no entanto
muitas vezes esta é puramente racional, ou seja, desprovida de emoção.
Talvez isto
explique porque normalmente venhamos a nos preocupar apenas com a aparência
externa, e quando Mhanoel diz: “Ninguém nos perguntou de onde éramos, qual
nosso extrato bancário ou se tínhamos bens”, causa-me o que Augusto
Cury chama de “choque de lucidez”, ou a própria psicologia de insight que na
linguagem popular é o famoso “cair a ficha”.
Percebo-me
dentro deste ciclo, preso a uma cultura que valoriza muito mais o que você
possui, do que a verdadeira essência de cada um de nós. Me faz lembrar que
acredito que pelo fato de ter 21 anos, normalmente quando conheço uma nova
pessoa antes mesmo de me perguntar o nome, vem o questionamento: Que
curso você faz? Fazendo-me refletir novamente, desta vez, sobre a
supervalorização do diploma, que exclui milhares de indivíduos que não
conseguiram chegar ao meio universitário, quando como diz Eduardo Marinho foram
boicotados nas redes publicas de ensino.
A palavra
pré-conceito, na sua escrita, já é possível extrair seu significado: emitir um
conceito anterior a experiência, seja sobre uma pessoa, lugar, imagem enfim...
Considerando a
supervalorização dos bens materiais e da aparência física do indivíduo na nossa
época que chamamos de Modernidade. Antes mesmo de conhecer profundamente uma
pessoa já emitimos nossa visão a partir do que esta pessoa possui ou faz (se só
estuda, se trabalha, onde trabalha) e por ai vai... e acreditamos ser o
suficiente para nos aproximar ou afastarmos, ou pior ainda para nos sentirmos
acima ou inferiores. Quanto equivoco!
Ninguém é
perfeito tudo bem, diz na própria Bíblia: “Quem não tiver pecados que atire
a primeira pedra”. No entanto devemos usar deste argumento para nos
colocarmos exatamente no lugar que devemos estar AO LADO de todo e qualquer SER
vivo. Isso não é humildade, isso é igualdade, ser justo com você e com o outro.
Repensar sobre nossas atitudes, pensamentos, intenções, olhar pra dentro de nós
e por mais que doa, ao perceber o quanto temos errado, é algo necessário, não
desista desta autocrítica, porque como coloca Beto Colombo: “Se você sabe
que precisa mudar, mas não esta conseguindo, lembre-se de que ninguém chega a
um resultado diferente fazendo as coisas do mesmo jeito”.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Liberdade pra dentro da cabeça
Libertar-se parece algo simples, mas tenho
constatado na minha busca por uma renovação interna que muitas vezes estamos
“presos” sem nos darmos conta disto. Seja acorrentado por circunstâncias
externas a nós, seja por questões vinculadas ao nosso interno, como coloca
Augusto Cury em várias de suas obras, quando ao invés de controlarmos nossos
pensamentos somos controlados por estes.
De acordo com a Psicologia Social, o
individuo ao mesmo tempo em que transforma a sociedade é transformado por esta,
havendo uma troca, onde o externo é resultado do interior de cada um de nós,
que acaba por influenciar-nos coletivamente e vice-versa. Percebe-se neste
contexto nossa responsabilidade social, considerando que todos nós vivemos em
grupo, ou seja, somos corresponsáveis pela construção do meio em que habitamos
e consequentemente das idéias, pensamentos, convicções que predominam na
atualidade.
No entanto até que ponto somos livres para
agir e transformar o ambiente externo a nós, considerando que hoje existe um
padrão para tudo? Sendo valorizado quem se encontra formatado por este, seja um
padrão de beleza, financeiro, de status... É vendida a idéia de que feliz é
aquele que possui um corpo sarado e dinheiro no bolso. Mas então alguém me
explica por que maior parte da população, para não dizer, praticamente todas as
pessoas encontram-se adoecidas emocionalmente?
Estamos nos preocupando de forma exacerbada
com o externo, e esquecendo-nos de cuidar da nossa mente e coração. Estamos
seguindo o fluxo sem nem mesmo nos questionar o quanto suas práticas são
doentias, buscamos a perfeição enquanto seres imperfeitos em um mundo de
imperfeições, acreditando que só assim seremos felizes. Triste engano!
Pois acredito que nos aproximamos da
liberdade apenas quando aprendemos a pensar de forma crítica, quando percebemos
que a reflexão é fonte de sabedoria, quando em frente a qualquer situação ou
obstáculo conseguimos manter-nos pacientes, quando sabemos diferenciar bom
senso de senso comum, observando que existe uma lacuna muito grande entre estes
dois conceitos, que qualidade de vida não é sinônimo de riqueza material,
quando aprendemos que podemos sim controlar nossos pensamentos não deixando que
as idéias negativas predominem. Somos livres quando como coloca Fernando Pessoa
de forma inteligentíssima deixamos
de nos acostumar com o que não nos faz feliz.
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